domingo, 20 de outubro de 2013

Produção de documentário das 8ªas séries A e B da Escola Natividade Saldanha


No endereço abaixo você encontra as diretrizes para digitar as questões sobre o seu documentário.
Cada questão deverá ter a resposta incluída no documentário, de fácil observação e entendimento.
O relatório com as questões deverá ser xerocado para todos os alunos da sua turma, pois a nota deste trabalho será individual ( média da nota obtida pela entrega do relatório respondido e da nota do trabalho apresentado). A data da pré-apresentação seguida da data da apresentação será discutida em breve na sala de aula.





QUESTÕES DO RELATÓRIO

https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxsZWFuZHJhcGlhbmNvfGd4OjMwMGIwNGQ2OGJlN2UwY2M


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vamos Filosofar ???

ATIVIDADE AVALIATIVA DE FILOSOFIA 
1º ANO 

     1-      Analisando a charge abaixo explique:




      A)     Existem vários modos de consciência. Que tipo de consciência está exposto na tirinha acima?


    B)      O que é esse tipo de consciência que você citou acima e como ela se desenvolve?


     2-      Que tipo de consciência está exposto nesta tirinha?




     A)     Consciência Religiosa
     B)      Consciência Intuitiva
     C)      Consciência Racional
     D)     Consciência Lógica
     E)      Consciência Real

     3-      Analisando a charge abaixo explique quais os problemas da realidade?


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Absolutismo



O Absolutismo foi uma forma de governo em que o poder estava inteiramente e absolutamente concentrado nas mãos do Rei. O Rei Luís XIV certamente foi um dos maiores exemplos de rei absolutista que já existiu, devido à representação do poder que exerceu e por toda a organização política e social construída em torno de sua imagem,favorecendo então sua posição social.Isto era fácil  reconhecer e se afirmava na existência da hierarquia na qual ele estava no topo. Temendo que o poder escapasse de suas mãos, o Rei Luís XIV decide trazer os nobres para sua corte e com os melhoramentos no Palácio de Versalhes sua capacidade foi ampliada para quinze mil pessoas permanentes e em épocas de festa suportava até trinta e duas mil pessoas. Consciente de que os nobres também estavam nas mãos da burguesia, o plano do Rei era de que a nobreza ficasse mais próxima, por isso a nobreza de corte habitava o Palácio. Buscando se fortalecer cada vez mais, ele decidiu comprar todas as dívidas dos nobres, e por isso, as propriedades dos mesmos passariam a ser propriedades do Estado, já que os nobres não poderiam vender justamente porque deviam ao rei. Com os eventos cotidianos para o envolvimento dos nobres no Palácio, como jogos, festas, apresentações de teatro entre outros, caracterizou-se  o poder na figura do Rei e que,  em se tratando de Luís XIV, teve a centralidade política como modelo mais perfeito no século XVII. Sem contar o papel das vestimentas, que como ele mesmo disse quando estava confeccionando,  ela seria de uso político, posto que a nobreza devia seguir o Rei também em suas vestes de custo elevado e bem aprimoradas, o que geraria custos altos em que a nobreza não tinha como arcar e ficariam mais uma vez, nas mãos do Rei como ele próprio desejava. Todos esses fatores possibilitaram a centralidade do poder real na França.
Analisando o cerimonial de corte estabelecido pelo Rei Luís XIV, identificamos o seu importante papel na elevação e na manutenção do seu status quo sobre o  reino. Ele estabelece o cerimonial de corte e a etiqueta régia como características fortes do seu reinado na França.  Podemos perceber isso em vários momentos do filme, como por exemplo, quando ele acorda na primeira cena, em que apresenta o Rei, sendo rodeado pela nobreza e por sua camareira, onde ele faz uma oração, lava as mãos com álcool de vinho e é vestido pelo irmão, e mais tarde em um jantar, onde ele convida um dos nobres de seu reino para ir alimentar os cães e para acompanhá-lo na caça no dia seguinte, como foi citado em sala de aula, nesses jantares o Rei tinha o costume de entregar uma tocha acessa a um dos nobres da realeza e esse ficaria com a honra de acordar o rei no dia seguinte e vesti-lo com uma roupa que ele mesmo escolheria. Enfim, através desse cerimonial de corte, o rei promovia os desequilíbrios políticos e sociais, promovendo alguns indivíduos em detrimento de outros e para que esses achassem que eram agraciados pelo Rei, despertando o ciúme na nobreza e o desequilíbrio momentâneo que se estabelece. Nas refeições podemos perceber também a etiqueta régia, pois o Rei não tinha o costume de comer com talheres e comia com as mãos, mesmo assim, comia civilizadamente em porções pequenas, porque ele era o Rei e os seus atos eram seguidos pela nobreza, mesmo que aquile ritual não o agradasse muito.  







terça-feira, 10 de setembro de 2013

TRABALHO DE SOCIOLOGIA( 1º ANO) A SEREM APRESENTADOS NO DIA 11/09/2013


ESTRUTURA E ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL


Estrutura social é o que define uma determinada sociedade. É através da estrutura social que conseguimos entender alguns fatores que compõem determinada sociedade, tais como os fatores históricos, políticos, econômicos, religiosos e culturais.
A existência da estratificação social em determinadas sociedades indica que há diferenças sociais na estrutura social dessa  sociedade. A estratificação social é a separação da sociedade em grupos, ou camadas ( dai o termo ‘estratificação’), sendo ela fruto de desigualdades sociais.
O sistema de castas na Índia e a sociedade estamental da Europa Medieval, constituem exemplos de sociedade estratificada.

1º Por que não há mobilidade social na sociedade de castas?
2º A posse do feudo definia o estamento na sociedade feudal, porém entre os proprietários de terra (feudo) havia também outro tipo de relação. Qual e como era essa relação?

A SOCIEDADE CAPITALISTA E AS CLASSES SOCIAIS


Utiliza-se o termo “classe” para designar certos grupos sociais existentes na sociedade capitalista. Sendo assim, as sociedades capitalistas caracterizam-se pela apropriação da riqueza gerada pela sociedade, através da propriedade e da renda, e da sua capacidade de consumo. 
A sociedade capitalista é a mais desigual se comparada a outros tipos. Uma minoria de pessoas se apropria de quase toda a riqueza produzida, expressa na renda, nas propriedades e também nos bens simbólicos expressos no acesso a educação e aos bens culturais como museus, livros, teatro, etc. a desigualdade pode ser observada na miséria de uns e riqueza de outros.
 O discurso produzido pelos que estão no topo da pirâmide social no capitalismo é de que todos têm as mesmas oportunidades de vencer e, portanto, de enriquecer. Este discurso é reproduzido incessantemente pelos mecanismos de poder e saber nas sociedades modernas para manter a dominação dos homens através de práticas políticas e econômicas de uma sociedade capitalista.

1º Quais são os elementos fundamentais para se pensar a questão da hierarquização nas sociedades contemporâneas?
2º O que você pensa sobre a frase: “Os capitalistas de hoje foram os trabalhadores de ontem e os trabalhadores de hoje serão so capitalistas de amanhã”? Ela tem fundamento na realidade social passada e atual?

AS DESIGUALDADES SOCIAIS NO BRASIL


Analisando as desigualdades sociais no Brasil percebe-se que, com a chegada dos portugueses elas se instalaram aqui e ficaram. Principais vítimas dessa desigualdade foram os índios e os negros.
No início do século XIX com a vinda dos imigrantes europeus para a lavoura cafeeira, muitos vieram em busca de trabalho e riquezas, com toda a família, mas encontraram foi muito trabalho e alguns sem remuneração.
A medida que a sociedade se desenvolve e surge a indústria e se urbaniza cria-se uma nova classe, o proletariado. Forma-se ainda outras atividades como: comerciantes, banqueiros, operários da construção civil, empregados domésticos, vendedores e ambulantes.
Atualmente com o avanço da tecnologia surge um novo problema, a desqualificação profissional, contribuindo para a desigualdade social, a fome e o desemprego.


1º O passado colonial brasileiro, que incluiu a escravidão, ainda é um dos elementos fundamentais para explicar as desigualdades entre brancos e negros no Brasil? Por quê?


2º Quais são os aspectos mais evidentes das desigualdades no Brasil, principalmente no local onde você vive?



Muda !!! que quando a gente muda o mundo muda com a gente!
A gente muda o mundo na mudança da mente,
E quando a mente muda a gente anda pra frente!
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura!
Na mudança de postura a gente fica mais seguro,
Na mudança do presente a gente molda o futuro!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

SOCIOLOGIA- 1º ANO

SEMINÁRIOS DE SOCIOLOGIA A SEREM APRESENTADOS NO DIA 04/09/2013


  • O TRABALHO
  • O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
  • A QUESTÃO DO TRABALHO NO BRASIL



O TRABALHO






Ao falar de trabalho nas sociedades antigas e modernas, temos algumas características importantes a serem mencionadas entre elas. Nas sociedades antigas Greco-romanas, a atividade escrava era a base dessa sociedade. Apesar de visto como inferior, o escravo era o grande responsável pelo sustento econômico daquela sociedade. Diferentemente da sociedade feudal, em que a base da produção era o feudo do senhor e o indivíduo responsável por essa produção  de caráter basicamente agrícola era o servo. Finalmente a sociedade capitalista, onde a produção está vinculada ao burguês, que detém os meios de produção, e explora a força de trabalho do proletariado, que vende sua força de produção para sobreviver. Nesse momento podemos notar também, a diferença latente entre trabalho e emprego.

1º Explique a origem do termo ‘trabalho”.

2º Qual a diferença entre trabalho e emprego?





O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA CAPITALISTA

Para entendermos as características do trabalho nas sociedades modernas, devemos primeiro observar como se constituía nas sociedades pré-modernas. Nas sociedades pré-modernas o trabalho não era o elemento central que orientava as relações sociais. Existiam outros fatores mais importantes definidos pela hereditariedade, religião, honra, lealdade ou posição social, que não eram definidas pelo cargo na produção econômica. Pelo contrário, o campo econômico e o trabalho eram desvalorizados, considerado algo penoso, torturante ou castigo. Nessas sociedades o trabalho está relacionado a obtenção apenas do necessário para manter o sistema funcionando, não existindo por isso a noção de lucro e nem preocupações em otimizar  as técnicas de produção. Com a ascensão do capitalismo a importância do trabalho foi aumentando e ele foi se deslocando para a posição central da vida das pessoas. Com a necessidade dos capitalistas de recrutar pessoas para trabalhar em suas fábricas, passou-se a difundir a ideologia de que o trabalho era algo positivo, bom para todos. Juntamente passou-se a acusar pessoas que não trabalhavam com termos pejorativos a fim de constrangê-los socialmente e forçá-los a trabalhar.

1º Explique com exemplos o que Marx chama de “mais-valia”.

2º Em que consistia o modelo Fordismo-Taylorismo?



A QUESTÃO DO TRABALHO NO BRASIL





A questão do trabalho no Brasil desde o início esteve ligada aos objetivos do capital internacional, o que fica evidente na carta de Caminha, em que se observa o relato do escrivão da esquadra relatando ao rei de Portugal que até então não se pode saber se havia aqui ouro ou prata, no momento da chegada dos portugueses quando vieram tomar posse das terras brasílicas. As primeiras décadas após a escravidão, o Brasil opta por ingressar os imigrantes na lavoura cafeeira em substituição aos escravos, resolvendo assim o problema da falta de mão de obra que se instalou com a abolição em 1888. No início do século XX com a crescente industrialização, verifica-se que parte dos trabalhadores se estabelece nas cidades nas indústrias nascentes e no pequeno comércio local, mas a concentração no campo ainda é bastante elevada. Nos últimos sessenta anos o Brasil observa o surgimento de várias formas de produção e a diversificação das opções de trabalho, porém nem sempre a busca por qualificação acompanha o crescimento dos postos de trabalho. Dois grandes problemas continuam a alarmar o cenário do trabalho no Brasil: a informalidade e o desemprego.

1º Explique o que você entende por trabalho informal.
2º Como o desemprego afetou e ainda afeta os trabalhadores do campo e das fábricas nos últimos anos?

sábado, 17 de agosto de 2013

A ERA NAPOLEÔNICA

ATIVIDADE À DISTÂNCIA
 - 8º ANO 


1º Leia com atenção o texto abaixo e depois responda as questões abaixo:

As conquistas de Napoleão na Europa

            Ao assumir o governo, Napoleão tentou estabelecer uma trégua internacional. Seu objetivo era conquistar estabilidade para fazer as reformas internas em seu país. Assim, após derrotar os austríacos, assinou acordo de paz com a Inglaterra, em 1802.

            A estabilidade não durou muito. Em 1803, Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia uniram-se em uma coligação para declarar guerra à França. Preocupavam os países europeus a concentração de poderes por Napoleão e o sucesso que ele obtinha na reorganização do país.

            Durante as guerras, o exército francês se mostrou imbatível. A maior dificuldade de Napoleão, porém, era vencer a Inglaterra, isolada pelo mar e protegida pela mais poderosa frota marítima do mundo.  Napoleão resolveu invadir aquele país. Mas sua frota marítima acabou destruída pelos ingleses na Batalha de Trafalgar, no litoral da Espanha. O imperador francês voltou-se então para a Europa Central: derrotou a Prússia, tomou a Península Itálica e isolou a Áustria.

            Em 1806, convencido de que era preciso minar a economia inglesa para vencer, Napoleão decretou o Bloqueio Continental. Os países da Europa ficaram proibidos de comercializar com os ingleses; aqueles que desobedecessem teriam seu território ocupado. A Inglaterra, em resposta, passou a dificultar ainda mais o contato entre os países europeus e suas colônias ultramarinas.
  
 RESPONDA:


a) O assunto mais importante do primeiro parágrafo é?
(    ) As consequências das vitórias de Napoleão.
(    ) Os objetivos de Napoleão.
(    ) As causas das conquistas de Napoleão.

b) Identifique qual era o país que apresentava maior dificuldade para ser dominado por Napoleão e os motivos dessa dificuldade.
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c) Explique o objetivo da adoção do Bloqueio Continental e como ele funcionava.
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d) Por que a família real portuguesa fugiu para o Brasil ?
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e) Como foi a campanha de Napoleão na Rússia?

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domingo, 26 de maio de 2013

Movimento Iluminista

Atividade Iluminismo 

(8 ano)

As luzes da razão

No texto a seguir, o escritor Jostein Gaarder apresenta a justificativa para o nome do movimento “iluminista”.

“[...] A maioria dos filósofos do iluminismo tinha uma crença inabalável na razão humana. Isto era algo tão evidente que muitos chamam o período do iluminismo francês simplesmente de ‘racionalismo’. A nova ciência natural deixara claro que tudo na natureza era racional. Assim, os filósofos iluministas consideravam sua tarefa criar um alicerce para a moral, a ética e a religião que estivesse em sintonia com a razão imutável do homem. [...] Dizia-se, então, que era chegado o momento de ‘iluminar’ as amplas camadas da população, ou seja, de esclarece-las. [...] Entre o povo, porém, imperavam a incerteza e a superstição. Por isso, dedicou-se especial atenção à educação.[...] Os filósofos iluministas diziam que somente quando a razão e o conhecimento se tivessem difundido entre todos é que a humanidade faria grandes progressos. Era apenas uma questão de tempo para que desaparecessem a irracionalidade e a ignorância e surgisse uma humanidade iluminada, esclarecida.[...]
Os filósofos iluministas franceses não se contentaram apenas com as concepções teóricas sobre o lugar do homem na sociedade. Eles lutaram ativamente por aquilo que chamaram de ‘direitos naturais’ dos cidadãos. Tratava-se sobretudo de uma luta contra a censura, ou seja, pela liberdade de imprensa. No que respeita à religião, à moral e à política, o indivíduo precisava ter assegurado o seu direito à liberdade de pensamento e de expressão de seus pontos de vista. Além disso, lutou-se contra a escravidão e por um tratamento mais humano dos infratores das leis.”

GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.338 e 340.

Responda:

  1. Que palavra pode ser considerada sinônimo de luz, ou de iluminação, de acordo com o pensamento iluminista?
  2. O movimento iluminista era otimista ou pessimista com relação ao futuro da humanidade? Copie do texto um trecho que justifique a sua resposta.
  3. Cite algumas práticas decorrentes das teorias iluministas.
  4. Quais os principais direitos naturais do homem, segundo a visão iluminista.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Segunda Guerra Mundial narrada pelo facebook !!!





SEGUNDA GUERRA NARRADA PELO FACEBOOK
PS. COPIADO DO BLOG:
http://historiablog.files.wordpress.com/2012/12/guerra-facebook.jpg?w=550&h=9531




segunda-feira, 29 de abril de 2013

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


ATIVIDADE AVALIATIVA 8º ANO

O Artesanato, a manufatura e a maquinofatura.


O artesanato foi a primeira forma de produção industrial e surgiu no fim da Idade Média, porém com o renascimento comercial e urbano e a expansão do mercado, o processo de produção teve que se adequar a outro tipo de produção.

  • No artesanato, o artesão possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e a matéria-prima pertenciam a ele. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção e , naturalmente, conhecia todas as fases da produção. Porém como o historiador Leo Hubermam explica em seu livro, o artesanato não conseguiria atender a demanda de uma expansão comercial a níveis nacionais:


"Produzir mercadorias para um mercado pequeno e estável,onde o produtor fabrica o artigo para o freguês que vem ao seu local de trabalho e lhe faz uma encomenda, é uma coisa. Mas produzir para um mercado que ultrapassou os limites de uma cidade, adquirindo um alcance nacional, ou mais, é outra coisa inteiramente diferente. A estrutura das corporações destinava-se ao mercado local; quando este se tornou nacional e internacional, a corporação deixou de ter utilidade. Os artesãos locais podiam entender e realizar o comércio de uma cidade, mas o comércio mundial era coisa totalmente diversa. A ampliação do mercado criou o intermediário, que chamou a si a tarefa de fazer com que as mercadorias produzidas pelos trabalhadores chegassem ao consumidor, que podia estar a milhares de quilômetros de distância"


  • No século XV , com a ampliação do consumo os homens de negócio passaram a reunir trabalhadores em galpões, surgindo assim a manufatura. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e os trabalhadores trabalhavam na oficina, recebendo uma remuneração por esse serviço. Começa a ocorrer então, uma divisão do trabalho, objetivando acelerar a prodição, como explica Leo Huberman :                                                                       

   “A fabricação da roupa deve ficar mais barata quando um carda, outro fia, outro 
tece, outro puxa, outro alinha, outro passa e empacota, do que 

quando todas as operações mencionadas são canhestramente 

executadas por uma só mão.”Quando se emprega um grande 

número de pessoas para fazer certo produto, podemos dividir o 

trabalho entre elas. Cada trabalhador tem uma tarefa particular a 

fazer. Executa-a repetidamente e em conseqüência se torna perito nela. 
Isso poupa tempo e acelera a produção."


No último estágio, surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
  • Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial. Nela o patrão é o dono das máquinas e remunera o trabalhador com um salário. O trabalhador vende a sua "força de trabalho" em troca deste salário. Mas o que diferencia um burguês industrial de um trabalhador é a posse dos meios de produção: o burguês ( o patrão) é o dono da matéria prima, das máquinas e das fábricas = meios de produção. O trabalhador ( o operário) é dono apenas da sua força, voz , conhecimento, capacidade de trabalhar= força de trabalho.

https://www.youtube.com/watch?v=4tQEorfYEiE


ASSISTAM AO FILME CLÁSSICO DE CHARLES CHAPLIN, NO QUAL ELE IRONICAMENTE CRITICA ALGUNS ASPECTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.




RESPONDA EM SEU CADERNO :

1º QUAL A COMPARAÇÃO QUE SE FAZ NO INÍCIO DO FILME COM OS EMPREGADOS ENTRANDO NAS FÁBRICAS?



2º COMO OS FUNCIONÁRIOS SÃO TRATADOS NA FÁBRICA?



3º OS EMPREGADOS TÊM CONSCIÊNCIA DO QUE ESTÃO PRODUZINDO? Justifique.



4º QUAL A INTENÇÃO DO PATRÃO EM EXPERIMENTAR A "MÁQUINA DO ALMOÇO" ?



5º QUANDO CHARLES CHAPLIN FICA LOUCO E ACABA ENTRANDO NAS ENGRENAGENS DA FÁBRICA O QUE ESSE TRECHO DO FILME REPRESENTA?



6º QUEM DECIDE A MANEIRA E O TEMPO COMO O TRABALHO É REALIZADO?










https://www.youtube.com/watch?v=4tQEorfYEiE






























sexta-feira, 26 de abril de 2013

A QUEBRA DA BOLSA DE NOVA IORQUE EM 1929

Fotografia que mostra uma fila de desempregados nos EUA à espera  de pão que era distribuído pelo governo para amenizar a fome agravada pela Grande Depressão. Curiosamente, atrás deles há um cartaz que expressa bem o consumismo vivenciado anos antes da crise e bastante propagado com o "American way of life" ou Estilo de vida norte americano, onde se lê: "Não estilo como o do americano"


A CRISE DE 1929

ATIVIDADE DE COMPREENSÃO DO VÍDEO: OS LOUCOS ANOS VINTE!
- 9º ANO


     vídeo 1

    vídeo 2


1º A postura do presidente Woodrow Wilson dos EUA era contrária à posição dos franceses ao final da Primeira Guerra e isso ficou bastante claro na ocasião do Tratado de Versalhes. Explique isso.

2º Qual era o maior empresário norte americano e explique seu modelo de trabalho que empregou em suas fábricas.


3º Como o modelo Ford T mudou a vida dos americanos?


4º Qual a relação da automobilização da sociedade e o setor petrolífero?


5º Quais  as novidades tecnológicas que encantavam os norte americanos?


6º Relacione as melindrosas, o jazz e o charleston.


7º Pesquise quem era Al Capone.


8º No sul dos Estados Unidos a situação era contrária à euforia desenvolvimentista do norte. Nesse contexto surgiu a Ku Klux Klan. Explique o que era essa organização, seus ideais e as ações que seus membros empreendiam.


terça-feira, 23 de abril de 2013

O Nazismo

A CORDA E A CANECA: 
EDUCAÇÃO E PROPAGANDA EM FAVOR DO NAZISMO.


Não é curioso o fato de uma ideologia genocida e racista como a ideologia nazista encontrar tantos adeptos perante uma sociedade moderna, industrializada e conhecedora dos horrores de uma guerra como era a nação alemã?
O que havia por trás desse discurso desprezível de superioridade de uma raça que para se manter forte e legítima necessitava da execução de outras?
Nesse contexto de questionamento, eu proponho a vocês uma atividade que consiste em elaborar um artigo no qual fiquem claros:

  1. Os argumentos utilizados pelo nazismo;
  2. O modo pelo qual eles propagavam essa ideologia;
  3. Como também uma explicação para o fato de que essas ideias encontrassem um campo fértil nos jovens alemães, a exemplo da Juventude Hitlerista.


Os vídeos abaixo devem ser relacionados no seu artigo:

 Education for death




Pato Donald Nazista






Europa Europa 1991








  • OBS.: O artigo deverá conter no minimo 15 linhas digitadas, tamanho da fonte 12, fonte arial, contendo um título que deverá ser criado por você.


sábado, 23 de março de 2013

Luxo e pobreza nas Minas Gerais




Quando os bandeirantes descobriram ouro e diamantes na região das minas no território da colônia portuguesa da América, concretizaram o que Portugal desejaria desde a expedição de Cabral.
As descobertas na região do atual estado de Minas Gerais, no final do século XVII, coincidiram com a crise da economia açucareira, provocada pela concorrência holandesa nas Antilhas.
A mineração passou a ser a principal atividade econômica da colônia. Contudo, o açúcar continuou a ser uma importante fonte de receita para a metrópole, bem como a que provinha de outras atividades econômicas. Assim, a mineração não substituiu o cultivo e o benefício de cana de açúcar nem representou um período de enriquecimento da colônia. Apesar da descoberta das minas e veios auríferos, grande parte da maioria dos escravos passou a trabalhar nas minas, e não na lavoura. O resultado foi uma crise de abastecimento de alimentos e houve até alguns surtos de fome, em especial na região das minas.

TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E CULTURAIS

A mineração desenvolveu a vida urbana e criou espaço para o estabelecimento de artesãos, comerciantes, intelectuais, padres e funcionários públicos na colônia. Pela primeira vez, no Brasil, assistia-se ao crescimento mais significativo de uma camada social intermediária, formada por pequenos proprietários e trabalhadores livres, distinta dos setores sociais até então compostos por senhores e escravos. O fato de que a economia mineradora não necessitava de largos investimentos em mão de obra escrava como na economia açucareira na montagem dos engenhos, possibilitou o acesso de várias pessoas com  capital reduzido na região das  minas para explorar os veios auríferos. Até esse período, o eixo econômico da colônia girava em torno das fazendas produtoras de açúcar ou de outros gêneros, e as cidades haviam sido apenas um apêndice da vida no campo. Na economia mineradora, havia uma população livre e produtiva, formada por trabalhadores especializados ( feitores, artesãos) funcionários públicos (função reservada apenas para os brancos) , profissionais liberais ( advogados , cirurgiões etc.) e comerciantes. O afluxo de pessoas para a região da mineração foi também responsável pelo aparecimento da população marginalizada(ex escravos, pessoas pobres e  escravos fugidos) sem meios para ganhar a vida, sem o capital necessário para custear a própria aparelhagem da mineração ou garantir o direito a uma mina.

MEMBROS DA ELITE MINERADORA :

  • Proprietários de grandes lavras: eram mineradores que possuíam grande número de escravos e conseguiam o direito de explorar as lavras.
  • Contratadores: homens ricos que compravam da coroa portuguesa o direito de explorar e comercializar os diamantes.
  • Grandes comerciantes: controlavam o comércio de gado, cavalos e de mulas. Também eram intermediários no fornecimento e no transporte de tudo aquilo que era necessário para os habitantes da região.
  • Fazendeiros: “forneciam” alimentos para a população mineradora.



CAMADAS INTERMEDIÁRIAS:

  • Faiscadores: mineradores que exploravam pequenas lavras.
  • Roceiros: cuidavam de pequenas roças.
  • Alfaiates
  • Sapateiros
  • Profissionais liberais
  • Artistas em geral
  • Carpinteiros
  • Padres


MARGINALIZADOS:
  • “Andarilhos”: pessoas que percorriam as vilas em busca de esmola e comida.
  • Escravos alforriados.
  • Escravos.
  • Garimpeiros clandestinos.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA:

Em 1702 foi criada a Intendência de Minas, que tinha como objetivos fiscalizar e dirigir a exploração de minérios e cobrar impostos. As minas eram consideradas propriedades do rei.

CONFLITOS – A GUERRA DOS EMBOABAS
Foi um conflito armado entre paulistas e emboabas em uma disputa pelo controle da área mineradora (1707 – 1709). A guerra terminou com a vitória dos emboabas e a saída dos paulistas.As autoridades interviram na área mineradora criando vilas administrativas.


A COBRANÇA DE IMPOSTOS: 


Controle da Coroa Portuguesa para evitar o contrabando do  ouro. 
  •   Quinto: a quinta parte de todos os metais extraídos devia se entregue aos cofres da coroa.
  •   Capitação: per capita, isto é, uma cobrança de imposto de 17 gramas de ouro por escravo.
  •   Os mineradores que não possuíam escravos deveriam pagar uma taxa sobre si mesmo.
  •   Derrama: cobrança de impostos atrasados. A população deveria completar a cota de ouro com seus próprios recursos, caso a meta não fosse atingida.
  •   Cobrança de impostos: donos de oficinas, lojas e outros estabelecimentos.


AS CASAS DE FUNDIÇÃO:

As autoridades recolhiam o quinto que cabia à coroa Nas casas de fundição, onde transformavam o ouro em barras e nelas gravavam o selo real. O ouro que antes circulava em pó e em pepitas, só podia circular em barras.



















LISTA DE EXERCÍCIOS PARA CASA – 8º ANO 

1º Qual o interesse em Portugal desde o primeiro momento da colonização?

2º Qual o resultado mais significativo que a descoberta do ouro trouxe em relação à sociedade ?


3º Por que a economia mineradora facilitava o acesso de várias camadas sociais se comparada à economia açucareira?

4º Leia o texto e responda à questão:
“Sobre esta gente não houve até o presente governo bem ordenado. Apenas se respeitam 
algumas leis, que pertencem às datas, e repartições de ribeiros. Não há ministros, nem justiça 
para tratar do castigo, dos crimes, que não são poucos, principalmente dos homicídios e furtos.” 
ANTONIL, André. Cultura e opulência do Brasil. 1710. 
In: Coletânea de documentos históricos para o primeiro grau. São Paulo: Cenp, 1978. pp. 25-26.


O texto descreve a precariedade da organização da região mineradora. 
Cite as medidas tomadas pela Coroa portuguesa para organizar a administração da região das minas. 
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5º Veja o esquema e responda às questões:



ouro extraído
enviado
Casa de Fundição
extraída
Quinto
enviado
Coroa portuguesa (Fazenda real)


a) Por que a Coroa portuguesa organizou esse sistema?
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b) Por que o ouro extraído era direcionado para a Casa de Fundição?
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c) O que era o Quinto?
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6º Associe as colunas:

1. Capitação                 (   ) 20% do ouro extraído nas minas.
2. derrama                    (   ) local onde o ouro em pó era transformado em ouro em barras.
3. Quinto                      (   ) local onde se gravava o selo real no ouro.
4. Casa de  Fundição    (   ) punição caso não se conseguisse arrecadar cem arrobas de ouro na região.
                          (  ) imposto cobrado de acordo com a quantidade de escravos que trabalhavam nas minas.


sábado, 16 de março de 2013

A SOCIEDADE DO OURO - 

A EXPANSÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO


Terminada a União Ibérica tem início uma grave crise em Portugal. A economia daquele país dependia do comércio colonial, e nesse período, a Holanda após a expulsão do nordeste colonial no Brasil, passou a produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas e nas Guianas (Suriname). Com a concorrência dos produtores coloniais holandeses e sua técnica apurada, a exclusividade brasileira no comércio do açúcar chegou a fim.


Visando explorar o território colonial brasileiro, o governo português estabelece as ENTRADAS que eram expedições oficiais financiadas pelo governo português com o objetivo de encontrar metais preciosos (ouro e prata).

Além das entradas ocorreram expedições parecidas, organizadas por particulares principalmente a partir da vila de São Paulo a fim de capturar indígenas, denominadas de BANDEIRAS.  Assim os “negros da terra” – expressão usada para denominar os indígenas – eram forçados a trabalhar nas lavouras de trigo que abasteciam as vilas e povoações do litoral e no transporte de mercadorias entre o interior e o litoral.




Já as MONÇÕES seguiam o curso dos rios, eram expedições de comércio fluviais que tinham como objetivo vender mercadorias nas vilas e povoações mais distantes.

As primeiras grandes jazidas de ouro foram encontradas pelos exploradores paulistas (bandeirantes) somente no final do século XVII, em 1693. De vido a essas descobertas, a região passou a ser chamada de Minas Gerais. A notícia logo se espalhou provocando uma corrida de pessoas à região. Com a vinda de tamanha quantidade de gente tanto das capitanias mais próximas e também dos reinóis- aqueles que haviam nascido no Reino de Portugal-, a região passou por rápidas transformações. A corrida de ouro contribuiu para o surgimento de vilas e cidades, poucos anos depois das descobertas das jazidas de ouro.

A GUERRA DOS EMBOABAS


Descobridores do ouro de Minas Gerais, os bandeirantes paulistas tinham o direito de explorá-lo com exclusividade, mas muitos reinóis e colonos que viviam em outras capitanias também cobiçavam as riquezas dessas descobertas. A tensão entre os grupos cresceu quando os portugueses passaram a controlar o fornecimento de produtos para a região. Os violentos conflitos entre paulistas e portugueses ficaram conhecidos como GUERRA DOS EMBOABAS.
Os paulistas chamavam de emboabas, palavra de origem tupi que significa “aves de pés cobertos”, em referência às botas que os reinóis usavam, já que os mamelucos que compunham as bandeiras saídas de São Paulo andavam de pés descalços. Os paulistas também usavam o termo emboabas para designar os forasteiros, ou seja, as pessoas que vinham de outras regiões.

LISTA DE EXERCÍCIOS PARA CASA -
EXPANSÃO TERRITORIAL BRASILEIRA
8º ANO

1º Por que a colônia portuguesa da América perdeu sua exclusividade no comércio do açúcar?

2º Defina:
A)  Bandeiras
B)  Entradas
C)  Monções

3º Quando e onde o ouro foi encontrado?

4º Qual a consequência da descoberta do ouro para a região das Minas Gerais?

5º Explique com suas palavras o que foi a Guerra dos Emboabas.

6º Defina:
a)  Reinóis-
b)  Emboabas-
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Para saber mais acesse: 

terça-feira, 12 de março de 2013

Breve história do Recife e Olinda - Uma comemoração aos seus 476 e 478 anos !



Um conjunto de colinas fascinou Duarte Coelho, que chega a Pernambuco em 1535 e vê naquela paisagem o local ideal para a construção de uma vila.
Segundo a tradição , atribui-se a exclamação ao próprio Duarte Coelho: “Oh! linda situação para se fundar uma vila!”.

 Essa versão contestada por outros cronistas, ainda é a mais aceita para explicar o nascimento da capital pernambucana, cujo núcleo urbano parece delineado na carta de doação, assinada por Duarte Coelho Pereira, de 12 de março de 1537. Naquele documento, chamado de Foral de Olinda, a recente vila recebe do primeiro donatário as terras de serventia, para uso comum dos seus habitantes. Nele se faz menção à existência da Câmara, da Rua Nova (Bispo Azeredo Coutinho), das fontes de águas potável, do Varadouro Galeota (onde aquela embarcação sofreu reparos) e do Arrecife dos Navios, porto da vila que veio dar origem à cidade do Recife.

O Arrecife dos Navios


Enquanto Olinda imperava do alto de suas colinas, ao longe em direção ao sul surgia, quase ao mesmo tempo, “um porto tão quieto e tão seguro, que para as curvas das naus serve de muro”, na observação da Prosopopea, de Bento Teixeira, publicado em Lisboa (1601), que bem define a paisagem quinhentista do Recife.
O Arrecifes dos Navios, a que se refere o donatário Duarte Coelho Pereira em sua  carta foral de 12 de março de 1537, era uma pequena povoação de pescadores que viviam em torno da ermida de São Frei Pedro Gonçalves, por eles denominada de Corpo Santo.
Era o Recife um porto por excelência, o de maior movimento da América Portuguesa, escoadouro principal das riquezas da mais promissora de todas as capitanias desta colônia portuguesa: Pernambuco. Tal riqueza logo veio se tornar conhecida em todos os portos do Velho Mundo (Europa), de modo a despertar as atenções dos Países Baixos que, em guerra com a Espanha, que durante a União Ibérica ocupou a coroa portuguesa , necessitava de todo o açúcar produzido no Brasil para suas refinarias. Com o insucesso da invasão da Bahia, onde permaneceram por um ano, mas com o valioso apoio de Isabel da Inglaterra e Henrique IV da França, rancorosos inimigos da Espanha, os Estados Gerais, reunidos na Haia sob a liderança da Holanda, voltaram o seu interesse para Pernambuco, utilizando-se para isso da Companhia das Índias Ocidentais, formada pela fusão de pequenas associações, em 1621, cujo capital elevara-se, na época, a 7 milhões de florins.

A produção de 121 engenhos de açúcar, “correntes e moentes” no dizer de van der Dussen, viria a despertar a sede de riqueza dos diretores da Companhia, que armou uma formidável esquadra e apresentou-se nas costas de Pernambuco em 14 de fevereiro de 1630, iniciando assim a história do Brasil Holandês.


Senhores da terra, os holandeses escolheram a povoação do Recife como sede dos seus domínios no Brasil, por ter neste lugar a segurança de que não dispunham em Olinda, que na visão deles  “por ser aberta por muitas partes e incapaz de defesa”, dificultava a proteção. Na noite de 25 de novembro de 1631, resolveram os chefes holandeses pôr fogo na sede da capitania de Pernambuco, “a infeliz vila de Olinda tão afamada por suas riquezas e nobres edifícios, arderam seus templos tão famosos, e casas que custaram tantos mil cruzados em se fazerem” (Santiago). Olinda fora, então, incendiada.

 Alguns historiadores afirmam que os holandeses por um questão de similaridade, preferiram as terras dos arrecifes de navios, às altas colinas das Olindas, uma vez que Recife lembrava Amsterdã, e Olinda, obviamente assemelha-se a Lisboa com suas ladeiras e colinas. Mas o que se sabe é que a segurança para o comandante da esquadra holandesa e demais chefes holandeses falava mais alto, daí fixarem-se no Recife e na ilha de Antônio Vaz que “são lugares próprios para, com oportunidade, fundar-se uma cidade” e “penso que ninguém que da Holanda vier para aqui quererá ir morar em Olinda” (Adolph van Els), sendo proibidas quaisquer construções no perímetro urbano da antiga capital.

A dominação holandesa prolongou-se por 24 anos, passando o Recife de simples porto de Olinda a capital da nova ordem política e economicamente.
Durante esses 24 anos, passou o Recife de povoação acanhada do século XVI e início do século XVII a capital do Brasil Holandês. Foi tanto o crescimento do primitivo Arrecife dos Navios, foram tantos os melhoramentos obtidos, particularmente durante o governo do conde João Maurício de Nassau (1637-1644), que, mesmo após a expulsão dos holandeses (1654), o Recife jamais voltou a depender de Olinda.