quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Absolutismo



O Absolutismo foi uma forma de governo em que o poder estava inteiramente e absolutamente concentrado nas mãos do Rei. O Rei Luís XIV certamente foi um dos maiores exemplos de rei absolutista que já existiu, devido à representação do poder que exerceu e por toda a organização política e social construída em torno de sua imagem,favorecendo então sua posição social.Isto era fácil  reconhecer e se afirmava na existência da hierarquia na qual ele estava no topo. Temendo que o poder escapasse de suas mãos, o Rei Luís XIV decide trazer os nobres para sua corte e com os melhoramentos no Palácio de Versalhes sua capacidade foi ampliada para quinze mil pessoas permanentes e em épocas de festa suportava até trinta e duas mil pessoas. Consciente de que os nobres também estavam nas mãos da burguesia, o plano do Rei era de que a nobreza ficasse mais próxima, por isso a nobreza de corte habitava o Palácio. Buscando se fortalecer cada vez mais, ele decidiu comprar todas as dívidas dos nobres, e por isso, as propriedades dos mesmos passariam a ser propriedades do Estado, já que os nobres não poderiam vender justamente porque deviam ao rei. Com os eventos cotidianos para o envolvimento dos nobres no Palácio, como jogos, festas, apresentações de teatro entre outros, caracterizou-se  o poder na figura do Rei e que,  em se tratando de Luís XIV, teve a centralidade política como modelo mais perfeito no século XVII. Sem contar o papel das vestimentas, que como ele mesmo disse quando estava confeccionando,  ela seria de uso político, posto que a nobreza devia seguir o Rei também em suas vestes de custo elevado e bem aprimoradas, o que geraria custos altos em que a nobreza não tinha como arcar e ficariam mais uma vez, nas mãos do Rei como ele próprio desejava. Todos esses fatores possibilitaram a centralidade do poder real na França.
Analisando o cerimonial de corte estabelecido pelo Rei Luís XIV, identificamos o seu importante papel na elevação e na manutenção do seu status quo sobre o  reino. Ele estabelece o cerimonial de corte e a etiqueta régia como características fortes do seu reinado na França.  Podemos perceber isso em vários momentos do filme, como por exemplo, quando ele acorda na primeira cena, em que apresenta o Rei, sendo rodeado pela nobreza e por sua camareira, onde ele faz uma oração, lava as mãos com álcool de vinho e é vestido pelo irmão, e mais tarde em um jantar, onde ele convida um dos nobres de seu reino para ir alimentar os cães e para acompanhá-lo na caça no dia seguinte, como foi citado em sala de aula, nesses jantares o Rei tinha o costume de entregar uma tocha acessa a um dos nobres da realeza e esse ficaria com a honra de acordar o rei no dia seguinte e vesti-lo com uma roupa que ele mesmo escolheria. Enfim, através desse cerimonial de corte, o rei promovia os desequilíbrios políticos e sociais, promovendo alguns indivíduos em detrimento de outros e para que esses achassem que eram agraciados pelo Rei, despertando o ciúme na nobreza e o desequilíbrio momentâneo que se estabelece. Nas refeições podemos perceber também a etiqueta régia, pois o Rei não tinha o costume de comer com talheres e comia com as mãos, mesmo assim, comia civilizadamente em porções pequenas, porque ele era o Rei e os seus atos eram seguidos pela nobreza, mesmo que aquile ritual não o agradasse muito.  







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