Um conjunto de colinas fascinou Duarte Coelho, que chega a Pernambuco
em 1535 e vê naquela paisagem o local ideal para a construção de uma
vila.
Segundo a tradição , atribui-se a
exclamação ao próprio Duarte Coelho: “Oh! linda situação para se fundar uma vila!”.
Essa versão contestada por outros cronistas, ainda é a mais aceita para explicar o nascimento da capital pernambucana, cujo núcleo urbano parece delineado na carta de doação, assinada por Duarte Coelho Pereira, de 12 de março de 1537. Naquele documento, chamado de Foral de Olinda, a recente vila recebe do primeiro donatário as terras de serventia, para uso comum dos seus habitantes. Nele se faz menção à existência da Câmara, da Rua Nova (Bispo Azeredo Coutinho), das fontes de águas potável, do Varadouro Galeota (onde aquela embarcação sofreu reparos) e do Arrecife dos Navios, porto da vila que veio dar origem à cidade do Recife.
Essa versão contestada por outros cronistas, ainda é a mais aceita para explicar o nascimento da capital pernambucana, cujo núcleo urbano parece delineado na carta de doação, assinada por Duarte Coelho Pereira, de 12 de março de 1537. Naquele documento, chamado de Foral de Olinda, a recente vila recebe do primeiro donatário as terras de serventia, para uso comum dos seus habitantes. Nele se faz menção à existência da Câmara, da Rua Nova (Bispo Azeredo Coutinho), das fontes de águas potável, do Varadouro Galeota (onde aquela embarcação sofreu reparos) e do Arrecife dos Navios, porto da vila que veio dar origem à cidade do Recife.
O Arrecife dos Navios
Enquanto Olinda imperava do alto
de suas colinas, ao longe em direção ao sul surgia, quase ao mesmo
tempo, “um porto tão quieto e tão seguro, que para as curvas das naus
serve de muro”, na observação da Prosopopea, de Bento Teixeira, publicado em Lisboa
(1601), que bem define a paisagem quinhentista do Recife.
O Arrecifes dos Navios, a que se
refere o donatário Duarte Coelho Pereira em sua
carta foral de 12 de março de 1537, era uma pequena povoação de
pescadores que viviam em torno da ermida de São Frei Pedro Gonçalves,
por eles denominada de Corpo Santo.
Era o Recife um porto por
excelência, o de maior movimento da América Portuguesa, escoadouro
principal das riquezas da mais promissora de todas as capitanias desta colônia portuguesa:
Pernambuco. Tal riqueza logo veio se tornar conhecida em todos os portos
do Velho Mundo (Europa), de modo a despertar as atenções dos Países Baixos que,
em guerra com a Espanha, que durante a União Ibérica ocupou a coroa portuguesa ,
necessitava de todo o açúcar produzido no Brasil para suas refinarias. Com o insucesso da invasão da Bahia, onde
permaneceram por um ano, mas com o valioso apoio de Isabel da Inglaterra
e Henrique IV da França, rancorosos inimigos da Espanha, os Estados
Gerais, reunidos na Haia sob a liderança da Holanda, voltaram o seu
interesse para Pernambuco, utilizando-se para isso da Companhia das
Índias Ocidentais, formada pela fusão de pequenas associações, em 1621,
cujo capital elevara-se, na época, a 7 milhões de florins.
A produção de 121 engenhos de açúcar, “correntes e moentes” no dizer de van der Dussen, viria a despertar a sede de riqueza dos diretores da Companhia, que armou uma formidável esquadra e apresentou-se nas costas de Pernambuco em 14 de fevereiro de 1630, iniciando assim a história do Brasil Holandês.
A produção de 121 engenhos de açúcar, “correntes e moentes” no dizer de van der Dussen, viria a despertar a sede de riqueza dos diretores da Companhia, que armou uma formidável esquadra e apresentou-se nas costas de Pernambuco em 14 de fevereiro de 1630, iniciando assim a história do Brasil Holandês.
Senhores da terra, os holandeses escolheram a povoação do Recife como sede dos seus domínios no Brasil, por ter neste lugar a segurança de que não dispunham em Olinda, que na visão deles “por ser aberta por muitas partes e incapaz de defesa”, dificultava a proteção. Na noite de 25 de novembro de 1631, resolveram os chefes holandeses pôr fogo na sede da capitania de Pernambuco, “a infeliz vila de Olinda tão afamada por suas riquezas e nobres edifícios, arderam seus templos tão famosos, e casas que custaram tantos mil cruzados em se fazerem” (Santiago). Olinda fora, então, incendiada.
Alguns historiadores afirmam que os holandeses por um questão de similaridade, preferiram as terras dos arrecifes de navios, às altas colinas das Olindas, uma vez que Recife lembrava Amsterdã, e Olinda, obviamente assemelha-se a Lisboa com suas ladeiras e colinas. Mas o que se sabe é que a segurança para o comandante da esquadra holandesa e demais chefes holandeses falava mais alto, daí fixarem-se no Recife e na ilha de Antônio Vaz que “são lugares próprios para, com oportunidade, fundar-se uma cidade” e “penso que ninguém que da Holanda vier para aqui quererá ir morar em Olinda” (Adolph van Els), sendo proibidas quaisquer construções no perímetro urbano da antiga capital.
A dominação holandesa prolongou-se por 24 anos, passando o Recife de simples porto de Olinda a capital da nova ordem política e economicamente.
Durante esses 24 anos, passou o Recife de povoação acanhada do século XVI e início do século XVII a capital do Brasil Holandês. Foi tanto o crescimento do primitivo Arrecife dos Navios, foram tantos os melhoramentos obtidos, particularmente durante o governo do conde João Maurício de Nassau (1637-1644), que, mesmo após a expulsão dos holandeses (1654), o Recife jamais voltou a depender de Olinda.
extraído de :Olinda e Recife : dois destinos uma só história
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ResponderExcluirass:Demetrio Breno
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